*Autor: Matheus Haddad - http://gestao30.matheus.eti.br/felicidade-no-trabalho/#comments
Segunda-feira é tradicionalmente o dia mais triste da semana para grande parte das pessoas. É o dia de voltar ao trabalho, o que para muitos representa a própria tristeza. Apenas na sexta-feira o dia voltará a ser feliz… e numa hora especial: happy hour. Se trabalhar é algo parecido com isso para você, saiba que, independente de quanto você ganha, não vale a pena ser triste no trabalho.
Desde a revolução industrial e da criação da administração científica por Taylor, o trabalho nunca foi pensado como um lugar onde as pessoas são felizes fazendo o que gostam e se sentido realizadas pelos resultados que alcançam com o seu esforço físico e/ou criativo. Uma empresa sempre foi vista como uma máquina de dinheiro, e as pessoas são tratadas como mais um tipo de recurso para viabilizar a geração de riqueza.
Entretanto, se todos buscamos a felicidade ou tentamos levar uma vida feliz, então devemos repensar nosso paradigma de trabalho. E essa mudança começa pela cultura da empresa, que precisa ver o lucro como uma conseqüência natural do trabalho realizado por pessoas felizes.
Existem vários exemplos de empresas que já pensam assim. No livro Delivering Happiness, Tony Hsieh, CEO da Zappos (empresa pioneira na venda de calçados pela internet e que foi adquirida por U$ 1 bilhão pela Amazon), mostra como é possível criar uma cultura voltada para a felicidade, conciliando lucro e paixão. Outro exemplo é a Apsen, uma indústria farmaceutica nacional que existe há mais de 40 anos. No livro A empresa sorriso, Floriano Serra apresenta as idéias que utilizou para implantar a gestão do bem na Aspen, fazendo com que a empresa fosse eleita como uma das melhores empresas brasileiras para se trabalhar por 5 anos consecutivos.
Empresas como a Webgoal e a Bluesoft também cultivam a felicidade no trabalho a partir de uma cultura fortemente focada em pessoas. Essa cultura pode ser percebida no ambiente de trabalho destas empresas e também na forma como fazem a gestão dos seus negócios, baseada na auto-organização e no auto-gerenciamento das pessoas.
Índice de Felicidade
A maioria das empresas tradicionais utilizam a famosa pesquisa de clima para descobrir como as pessoas estão se sentindo em relação ao trabalho. Geralmente, são pesquisas bem estruturadas e que tem como objetivo analisar diversos fatores que contribuem com a tristeza ou felicidade das pessoas.
Entretanto, existem formas mais humanas, simples e diretas de expor o sentimento das pessoas em relação ao trabalho. Henrik Kniberg apresentou em seu blog o Crisp Happiness Index, um jeito criativo de medir o índice de felicidade de uma equipe. Com base nas idéias do Henrik e em algumas experiências que tive nas equipes com as quais já trabalhei, criei algumas ferramentas para facilitar esse processo de descoberta da felicidade das pessoas no trabalho e deixá-lo ainda mais participativo e cativante.
Happiness Canvas
O Happiness Canvas é um diagrama que tem como objetivo ajudar as pessoas de uma empresa ou de uma equipe a externalizarem seus sentimentos em relação ao trabalho, classificando seu grau de felicidade numa escala de 1 a 5.
Segunda-feira é tradicionalmente o dia mais triste da semana para grande parte das pessoas. É o dia de voltar ao trabalho, o que para muitos representa a própria tristeza. Apenas na sexta-feira o dia voltará a ser feliz… e numa hora especial: happy hour. Se trabalhar é algo parecido com isso para você, saiba que, independente de quanto você ganha, não vale a pena ser triste no trabalho.
Desde a revolução industrial e da criação da administração científica por Taylor, o trabalho nunca foi pensado como um lugar onde as pessoas são felizes fazendo o que gostam e se sentido realizadas pelos resultados que alcançam com o seu esforço físico e/ou criativo. Uma empresa sempre foi vista como uma máquina de dinheiro, e as pessoas são tratadas como mais um tipo de recurso para viabilizar a geração de riqueza.
Entretanto, se todos buscamos a felicidade ou tentamos levar uma vida feliz, então devemos repensar nosso paradigma de trabalho. E essa mudança começa pela cultura da empresa, que precisa ver o lucro como uma conseqüência natural do trabalho realizado por pessoas felizes.
Existem vários exemplos de empresas que já pensam assim. No livro Delivering Happiness, Tony Hsieh, CEO da Zappos (empresa pioneira na venda de calçados pela internet e que foi adquirida por U$ 1 bilhão pela Amazon), mostra como é possível criar uma cultura voltada para a felicidade, conciliando lucro e paixão. Outro exemplo é a Apsen, uma indústria farmaceutica nacional que existe há mais de 40 anos. No livro A empresa sorriso, Floriano Serra apresenta as idéias que utilizou para implantar a gestão do bem na Aspen, fazendo com que a empresa fosse eleita como uma das melhores empresas brasileiras para se trabalhar por 5 anos consecutivos.
Empresas como a Webgoal e a Bluesoft também cultivam a felicidade no trabalho a partir de uma cultura fortemente focada em pessoas. Essa cultura pode ser percebida no ambiente de trabalho destas empresas e também na forma como fazem a gestão dos seus negócios, baseada na auto-organização e no auto-gerenciamento das pessoas.
Índice de Felicidade
A maioria das empresas tradicionais utilizam a famosa pesquisa de clima para descobrir como as pessoas estão se sentindo em relação ao trabalho. Geralmente, são pesquisas bem estruturadas e que tem como objetivo analisar diversos fatores que contribuem com a tristeza ou felicidade das pessoas.
Entretanto, existem formas mais humanas, simples e diretas de expor o sentimento das pessoas em relação ao trabalho. Henrik Kniberg apresentou em seu blog o Crisp Happiness Index, um jeito criativo de medir o índice de felicidade de uma equipe. Com base nas idéias do Henrik e em algumas experiências que tive nas equipes com as quais já trabalhei, criei algumas ferramentas para facilitar esse processo de descoberta da felicidade das pessoas no trabalho e deixá-lo ainda mais participativo e cativante.
Happiness Canvas
O Happiness Canvas é um diagrama que tem como objetivo ajudar as pessoas de uma empresa ou de uma equipe a externalizarem seus sentimentos em relação ao trabalho, classificando seu grau de felicidade numa escala de 1 a 5.
Para utilizá-lo, basta fazer o download do Happiness Canvas, imprimir numa folha A2 e fixá-lo na parede, reunir as pessoas e pedir para que todos reflitam sobre como se sentem em relação ao trabalho que fazem. Cada pessoa utiliza um post-it para representar no canvas seu grau de felicidade no trabalho. É interessante que todos colem seus post-its ao mesmo tempo, para evitar qualquer influência nas escolhas. Esse primeiro resultado já irá mostrar uma visão geral sobre o sentimento das pessoas, mostrando se a maior parte está feliz ou triste com o trabalho.
Para detalhar melhor esse sentimento, peça para as pessoas responderem, também em post-its, as seguintes perguntas: “O que faz você se sentir bem no trabalho?“, “O que faz você se sentir mal no trabalho?” e “O que pode aumentar sua felicidade no trabalho?“. Depois que todos colarem seus post-its no Happiness Canvas, leia as respostas, promova uma discussão sadia entre as pessoas e determine com elas ações que podem ser realizadas para deixá-las mais felizes em relação ao trabalho.
Para detalhar melhor esse sentimento, peça para as pessoas responderem, também em post-its, as seguintes perguntas: “O que faz você se sentir bem no trabalho?“, “O que faz você se sentir mal no trabalho?” e “O que pode aumentar sua felicidade no trabalho?“. Depois que todos colarem seus post-its no Happiness Canvas, leia as respostas, promova uma discussão sadia entre as pessoas e determine com elas ações que podem ser realizadas para deixá-las mais felizes em relação ao trabalho.
Você pode também calcular o índice de felicidade a partir da média aritmética entre o número de post-its e a escala de pontos de 1 a 5 para acompanhar a evolução da satisfação de uma equipe com o passar do tempo. Recomendo também indicar as principais ações tomadas e que influenciaram no grau de felicidade das pessoas. Veja um exemplo do Índice de Felicidade na imagem a seguir:
Happiness Poker
Uma outra forma lúdica de descobrir como está a felicidade das pessoas no trabalho é utilizando o Happiness Poker. A idéia é similar a do Happiness Canvas, só que mais indicada para equipes que possuem uma comunicação melhor entre os seus membros e que conseguem expor seus sentimentos de uma maneira mais madura.
Uma outra forma lúdica de descobrir como está a felicidade das pessoas no trabalho é utilizando o Happiness Poker. A idéia é similar a do Happiness Canvas, só que mais indicada para equipes que possuem uma comunicação melhor entre os seus membros e que conseguem expor seus sentimentos de uma maneira mais madura.
Faça o download do modelo das cartas do Happiness Poker, imprima, recorte e distribua um conjunto de cartas para cada participante. Em seguida, estabeleça o contexto no qual a felicidade será avaliada através de uma pergunta: “Qual é o seu grau de felicidade com o projeto x?“, “Como você está se sentindo em relação ao trabalho que faz?” ou “Como você se sente em relação a empresa?“. Depois que cada participante escolher uma carta que represente o seu grau de felicidade, todos mostram ao mesmo tempo as suas escolhas.
Visualizando o resultado, os participantes são incentivados a falarem o que os fazem felizes, o que os fazem tristes e o que pode ser feito para melhorar esses sentimentos. As ações que visam aumentar a felicidade devem ser anotadas e amplamente divulgadas na empresa. Você pode também calcular a média dos pontos de felicidade para cada pergunta, criando um índice de felicidade que pode ser atualizado em futura sessões de Happiness Poker.
Experimente
Para finalizar, gostaria de propor um desafio. Antes de fazer qualquer comentário sobre este post, tente realizar uma destas duas dinâmicas com a sua equipe ou na sua empresa. Depois, compartilhe aqui o quanto as pessoas e você ficaram surpresos com os resultados e também suas percepções sobre essas ferramentas. Sinta-se à vontade para compartilhar críticas construtivas e sugestões de melhorias para o Happiness Canvas e o Happiness Poker.
Visualizando o resultado, os participantes são incentivados a falarem o que os fazem felizes, o que os fazem tristes e o que pode ser feito para melhorar esses sentimentos. As ações que visam aumentar a felicidade devem ser anotadas e amplamente divulgadas na empresa. Você pode também calcular a média dos pontos de felicidade para cada pergunta, criando um índice de felicidade que pode ser atualizado em futura sessões de Happiness Poker.
Experimente
Para finalizar, gostaria de propor um desafio. Antes de fazer qualquer comentário sobre este post, tente realizar uma destas duas dinâmicas com a sua equipe ou na sua empresa. Depois, compartilhe aqui o quanto as pessoas e você ficaram surpresos com os resultados e também suas percepções sobre essas ferramentas. Sinta-se à vontade para compartilhar críticas construtivas e sugestões de melhorias para o Happiness Canvas e o Happiness Poker.